quinta-feira, 12 de março de 2009

Caro Riorim

Anda, meu amigo, deixa de desconfiança!
Talvez a vida não esteja te enganando.
Já paraste pra pensar se quem te engana não é tu mesmo?
Disseste que não queres ser medíocre,
no entanto, te afundas em pequenos recipientes,
e expõe teu corpo nu pra receber água gelada.
Pretendes enxergar o mundo inteiro sem sair desse quarto?
Aproveite pra olhar aí mesmo, ao teu lado.
Há milhares de sonhos dentro das gavetas.
Do que tens tanto medo?
Sabes que a solidão, muitas vezes, pode ser ótima companhia,
e o mal que ela te faz é só o mal que tu te fazes,
portanto, quando o coração apertar, serás outro novamente,
Na medida em que aprenderes.
O bem-estar, por outro lado, não te ensina, te conforma.
Olhe bem pra ti, desejas grandeza e intensidade,
mas estás a caminho da resignação.
Neste momento não precisas ouvir palavra alheia.
Chegou a hora de conversar consigo próprio.

5 comentários:

Gustavo Pontas disse...

As palavras escorreram, gritaram, fugiram ao meu controle ao mesmo tempo em que eu as dominava quase completamente, então compreendam a existencia de tantos códigos em meio ao poema.

Obs: se alguém observar algum erro de português aí pelo meio, me avise, pois se não tiver sido proposital eu poderei retirá-lo.

Unknown disse...

...adorei o texto!
[...]Há milhares de sonhos dentro das gavetas.[...]

Precisamos nos libertar!
Entender a nos mesmos e a tudo que está ao nosso redor!

=/

Raquel Maciel disse...

caramba.. sem palavras.


deixa eu degustar mais um pouquinho..

Raquel Maciel disse...

muito bom!!!

vem cá, é comigo isso aí é? rs..parece.

adriany thatcher disse...

uau!