quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Я em Salvador

Alguns dias antes de começar o Palco do Rock, festival paralelo ao carnaval baiano, que acontece na praia de Piatã aqui em Salvador, um amigo me mandou a programação do evento. Por conta da imagem que tenho desse festival eu não tinha muitos planos de aparecer por lá esse ano, mas resolvi, só por curiosidade, conferir a grade, e pra minha surpresa constava a Plebe Rude entre as demais bandas a subirem no palco do festival dessa vez. Corri pra avisar aos amigos aquela novidade, no mínimo, surpreendente. De pensar que em 2006 eu saí daqui de Salvador e fui até Nazaré das Farinhas, cidade que não conhecia até então, sem garantia nem de local pra dormir, tudo isso pra ver o show da Plebe, e agora eles estariam se apresentando aqui na minha cidade!... Mas em outra ocasião eu conto a história dessa aventura lá em Farinhas e falo mais a respeito da minha aversão ao Palco do Rock...agora eu tenho que manifestar, ao menos um pouco, a emoção de ver a Plebe aqui em Salvador. Foi memorável, assim como disse o próprio André X, baixista da banda, no seu blog. Eles tocaram com um entusiasmo formidável, empolgação de quem não toca aqui há 15 anos, e demonstraram um entrosamento contagiante... Agora é que eu fiquei ansioso pelo DVD deles que está prometido para esse ano! No dia do show eu vesti a minha velha camisa com um “Я”, nome do mais recente disco lançado pelos Rudes Plebeus, estampado na frente e saí de casa contando as horas, e tomando as palavras de um amigo meu que também estava no show, “eu nunca mais havia sentido tanta expectativa por um show”... A apresentação da Plebe já começou de maneira surpreendente, pois ao invés de “Brasília”, música utilizada habitualmente como abertura, eles tocaram “Censura”, de melodia mais amena, que passou sua mensagem de maneira bem clara e pareceu envolver até mesmo os que não conheciam a banda, de mim então, quase arrancou lágrimas dos olhos, só não o fez por orgulho mesmo. Emocionados também estavam alguns amigos que encontrei lá na platéia gritando “put@ que pa%*#, agora eu já posso morrer!”. Foi maravilhoso! No final, como é de praxe, todo mundo sabia cantar “Até quando esperar”, clássico da banda nos anos oitenta, mas mesmo assim foi lindo ouvir a platéia fazendo coro. Nesse momento já comecei a sentir um aperto de saudade. Minha única reclamação foi com relação à duração do show, onde só couberam duas músicas do “Я”, mas compreende-se que foi uma condição da ocasião, do fato de ser um festival, tal, mas esperemos a Plebe retornar (só não pode ser daqui a quinze anos)...até porque muitos plebeus soteropolitanos devem ter perdido a oportunidade de ver esse show espetacular, por conta da divulgação que, se houve, eu sinceramente não vi.

3 comentários:

Raquel Maciel disse...

nem eu.

e que bom q c aproveitou seu carnaval..
=)

Laizamarea disse...

é, eu soube, mas palco do rock não me anima não.

Laercio Chermontt disse...

É verdade meu caro ...mais do que valeu a pena ter ido ao show...se não fosse seu aviso a adson lá não estariamos...grande abraço..

e essa porra de concreto continua Rachado!