domingo, 24 de outubro de 2010

Los Hermanos em Salvador

Foto: Walter de Carvalho/ Jornal A Tarde On line

O Los Hermanos, depois de 3 anos de recesso (acho que foi isso), voltou aos palcos pra fazer o que inicialmente seriam 3 shows e que se estenderam a 5. Eu fui no último desses 5, que aconteceu aqui em Salvador. Achei legal ver os "hermanos" no palco novamente. No repertório, só músicas dos quatro discos deles, nenhuma novidade. Não que eu tivesse grandes expectativas de que fosse diferente, mas alguma coisa nova me deixaria um pouco mais alegre. Podia rolar nem que fosse uma versão de alguma música de outra banda, como eles faziam tocando Belchior antigamente, mas enfim...
Tenho a impressão de que esse não foi o início de um retorno. Não só pela ausência de uma gotinha mínima de novidade musical, mas também porque senti um espírito diferente em cada um dos “hermanos”. Rodrigo Amarante nem se fala, no início da banda era quase um figurante tocando um tamborim e cantando apenas uma música, no segundo disco passou a cantar duas canções dele, e uma em parceria com Camelo, no terceiro cantava quase 40% das músicas, no quarto álbum já cantava praticamente a metade, ou pelo menos tinha a mesma importância na banda que Marcelo Camelo. Agora, depois de ter feito carreira internacional com o Little Joy, parece destoar completamente dos Hermanos e brilha mais do que os outros integrantes no palco. As atenções do show estavam voltadas para ele, Amarante, que de maneira irreverente e cativante fez a graça da noite na Concha Acústica. Eu, inclusive, preferiria ter visto um show do Little Joy se tivesse a oportunidade, mas valeu a pena também!
Mesmo com o brilho todo de Amarante os outros integrantes não deixam de merecer destaque, Camelo continua demonstrando uma personalidade bem característica, tímida e cada vez mais simples - cantou de sandália havaiana e cordão amarrado na cintura – mostrando uma possibilidade de se fazer arte estando bem próximo da realidade, sem a necessidade de adornos e floreios. E por falar em simplicidade, lá estava Bruno Medina, mais tímido ainda, tocando concentradamente seu teclado, e ainda levou o filho pequeno no palco na hora da despedida. Rodrigo Barba parecia empolgadíssimo e batia na bateria com uma pegada bem segura que fez a platéia já ensandecida de saudade pular junto com o rítimo de cada uma das músicas.
Se houver um retorno, que eles renovem o espírito da música deles, como sempre fizeram. O público à espera desse momento já é garantido, como ficou demonstrado nesses últimos shows.

Quem sabe se não rola ainda mais uma canção?
Pois é...mas se foi pouco que sobrou, deixa estar, fã sentimental, todo carnaval tem seu fim...
...e assim será.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Provocações do lar

Ou eu lavo os pratos ou eu vivo.